PORTINADO abdica da participação na 1ª divisão masculina
Texto in site PORTINADO de 07/10/2013
Quando em 1999 a direção da Portinado decidiu apostar na contratação de um treinador estrangeiro, tinha como ambição a formação de uma equipa competitiva que pudesse ser promovida rapidamente à 1ª divisão e que em alguns anos liderasse o do polo aquático em Portugal.
Se a subida à 1ª divisão aconteceu logo no primeiro ano de trabalho do então jovem treinador/jogador Evghenii Trubetcoi, não se esperaria no entanto que em tão pouco tempo a Portinado pudesse estar a disputar os lugares cimeiros e a fazer frente ao Salgueiros, equipa que durante 12 anos dominaria a modalidade em Portugal.
Durante uma década a Portinado participou por três vezes em competições europeias (Euroliga e Len Trofy), conquistou três títulos Nacional, duas Taças de Portugal, 4 títulos de vice campeão, vários títulos em juvenis e Infantis e passou a ser um dos clubes que mais jogadores forneceria para as seleções séniores e seleções jovens.
Todos estes êxitos alteraram o panorama do polo aquático em Portugal e trouxeram para o Algarve os primeiros títulos Nacionais. Fizeram também de Portimão, uma cidade sem tradição na modalidade, uma referência desportiva em todo o país.
Todos os sucesso tiveram como responsáveis; Os atletas e o treinador Evghenii; Os sócios; A direção pelas opções que tomou; Várias empresas que colaboraram de forma expressiva com o projeto; A Junta de Freguesia de Portimão; e mais significativamente a autarquia de Portimão, que de forma inteligente cedeu a gestão da piscina municipal à Portinado para uma melhor dinamização da instalação e das modalidades e durante vários anos apoio incondicionalmente o desenvolvimento da modalidade através de contratos programas.
No entanto, e fruto da crise severa que o país mergulhou no últimos anos, o apoio das empresas desapareceu e os subsídios da autarquia foram interrompidos, ficando a modalidade a ser suportada apenas pelas receitas internas do clube.
As últimas duas épocas foram de grande sacrifício para todos. Para os atletas, porque deixaram de poder contar com as condições mínimas de participação nas competições, sujeitando-se a longas viagem no mesmo dia dos jogos e a terem que suportar algumas das despesas com as deslocações; A Portinado, que teve que recorrer ás receitas correntes para garantir as numerosas deslocações com custos significativos, em particular combustíveis, portagens e por vezes aluguer de viaturas, colocando várias vezes em risco os vencimentos dos seus perto de 20 colaboradores; O treinador, que passou a ter que lidar com toda a incerteza e com a impossibilidade de planear o futuro, e os sócios que durante vários anos se orgulharam dos grandes resultados da equipa e passaram a ser confrontados com uma equipa desmotivada e sem o brilho de outros tempos.
Face ao exposto e na impossibilidade de podermos garantir as condições exigidas para a participação no campeonato Nacional da 1ª divisão, sem a garantia de apoios financeiros e de patrocínios, somos forçados com grande mágoa, a não participarmos na competição na época de 2013/2014.
Sendo a Portinado a única equipa existente no sul do país e a maioria dos participantes neste campeonato estarem situados no norte do país, com exceção do Sporting e da Amadora, tentamos ainda junto das instancias responsáveis propor algumas alterações ao regulamento, que permitissem aligeirar o esforço financeiro dos clubes. Infelizmente as nossas pretensões não foram acatadas em tempo útil.
Com o fechar deste ciclo histórico para a modalidade na Portinado, de certo novas oportunidades irão surgir no futuro. O polo aquático foi sempre e continuará a ser uma importante atividade do clube, que naturalmente irá continuar.
Assim, a nossa pretensão para a presente época será participar apenas na 2ª divisão nacional que, ao realizar-se em duas zonas (sul e norte), implicará custos significativamente inferiores aos do campeonato da 1ª divisão. Por outro lado, garantiremos também aos jogadores que estão ligados às seleções nacionais a possibilidade de participarem num quadro competitivo.
Continuaremos a desenvolver a escola de polo aquático, bem como a manutenção das equipes de infantis e juvenis, participando nas provas que constituem o calendário nacional, onde, ao longo dos anos, nos temos vindo a afirmar, conseguindo bons resultados.
Quando em 1999 a direção da Portinado decidiu apostar na contratação de um treinador estrangeiro, tinha como ambição a formação de uma equipa competitiva que pudesse ser promovida rapidamente à 1ª divisão e que em alguns anos liderasse o do polo aquático em Portugal.
Se a subida à 1ª divisão aconteceu logo no primeiro ano de trabalho do então jovem treinador/jogador Evghenii Trubetcoi, não se esperaria no entanto que em tão pouco tempo a Portinado pudesse estar a disputar os lugares cimeiros e a fazer frente ao Salgueiros, equipa que durante 12 anos dominaria a modalidade em Portugal.
Durante uma década a Portinado participou por três vezes em competições europeias (Euroliga e Len Trofy), conquistou três títulos Nacional, duas Taças de Portugal, 4 títulos de vice campeão, vários títulos em juvenis e Infantis e passou a ser um dos clubes que mais jogadores forneceria para as seleções séniores e seleções jovens.
Todos estes êxitos alteraram o panorama do polo aquático em Portugal e trouxeram para o Algarve os primeiros títulos Nacionais. Fizeram também de Portimão, uma cidade sem tradição na modalidade, uma referência desportiva em todo o país.
Todos os sucesso tiveram como responsáveis; Os atletas e o treinador Evghenii; Os sócios; A direção pelas opções que tomou; Várias empresas que colaboraram de forma expressiva com o projeto; A Junta de Freguesia de Portimão; e mais significativamente a autarquia de Portimão, que de forma inteligente cedeu a gestão da piscina municipal à Portinado para uma melhor dinamização da instalação e das modalidades e durante vários anos apoio incondicionalmente o desenvolvimento da modalidade através de contratos programas.
No entanto, e fruto da crise severa que o país mergulhou no últimos anos, o apoio das empresas desapareceu e os subsídios da autarquia foram interrompidos, ficando a modalidade a ser suportada apenas pelas receitas internas do clube.
As últimas duas épocas foram de grande sacrifício para todos. Para os atletas, porque deixaram de poder contar com as condições mínimas de participação nas competições, sujeitando-se a longas viagem no mesmo dia dos jogos e a terem que suportar algumas das despesas com as deslocações; A Portinado, que teve que recorrer ás receitas correntes para garantir as numerosas deslocações com custos significativos, em particular combustíveis, portagens e por vezes aluguer de viaturas, colocando várias vezes em risco os vencimentos dos seus perto de 20 colaboradores; O treinador, que passou a ter que lidar com toda a incerteza e com a impossibilidade de planear o futuro, e os sócios que durante vários anos se orgulharam dos grandes resultados da equipa e passaram a ser confrontados com uma equipa desmotivada e sem o brilho de outros tempos.
Face ao exposto e na impossibilidade de podermos garantir as condições exigidas para a participação no campeonato Nacional da 1ª divisão, sem a garantia de apoios financeiros e de patrocínios, somos forçados com grande mágoa, a não participarmos na competição na época de 2013/2014.
Sendo a Portinado a única equipa existente no sul do país e a maioria dos participantes neste campeonato estarem situados no norte do país, com exceção do Sporting e da Amadora, tentamos ainda junto das instancias responsáveis propor algumas alterações ao regulamento, que permitissem aligeirar o esforço financeiro dos clubes. Infelizmente as nossas pretensões não foram acatadas em tempo útil.
Com o fechar deste ciclo histórico para a modalidade na Portinado, de certo novas oportunidades irão surgir no futuro. O polo aquático foi sempre e continuará a ser uma importante atividade do clube, que naturalmente irá continuar.
Assim, a nossa pretensão para a presente época será participar apenas na 2ª divisão nacional que, ao realizar-se em duas zonas (sul e norte), implicará custos significativamente inferiores aos do campeonato da 1ª divisão. Por outro lado, garantiremos também aos jogadores que estão ligados às seleções nacionais a possibilidade de participarem num quadro competitivo.
Continuaremos a desenvolver a escola de polo aquático, bem como a manutenção das equipes de infantis e juvenis, participando nas provas que constituem o calendário nacional, onde, ao longo dos anos, nos temos vindo a afirmar, conseguindo bons resultados.
Etiquetas: Pólo Aquático
posted by Beba Água at 10/09/2013 08:01:00 da manhã
8 Comments:
esgota-se um sentimento de pertença, aquele em que sempre acreditámos:
o de sermos capazes tanto como os outros!
uma coisa assim como mais juntos, mais sem limites, mais sem fim.
porque tivemos tanta vontade?
nadar recomenda-se?
sonhámos; vimos a beleza das nossas crianças dando mergulhos de golfinho nas águas límpidas das nossas piscinas, treinámos para sermos melhores, e fomos...
criatividade e empenho lá ficaram arder!
Mais uma "nortada" desta federação.
que pena anos e anos de trabalho água abaixo.
parabéns às mentes iluminadas da FPN, em especial aos interesseiros do Sul que se aliam à destruição da modalidade por parte de regionalistas bacocos.
A parte que acho graça é: o estado deu-nos dinheiro para criar uma equipa e agora não dá mais, filhos da mãe!!!
Que o estado apoie, cedendo instalações para o treino, concordo, que o estado pague a treinadores, atletas e sustente uma equipa, lamento mas acho ordinário.
É o meu dinheiro e o vosso que estava a ser gasto a pagar ordenados para se jogar polo aquático (e para se nadar, é óbvio!).
Deixe-se de gastar dinheiro com subsídios destes mas é! Se o clube não se autofinancia, não participa, eu quando era novo também gostava de ter feito muitas coisas e não fiz porque não tinha escudos no bolso!!!!!!!
houve outros que no passado o fizeram, também.
esta visão de hoje ,,, está curta
a malta do norte gosta de eliminar concorrência à força. chama-se a isto "desportivismo".
Nao aconteceu o mesmo ao salgueiros este ano?
Parece que li no esclarecimento da Portinado que não existiam também apoios da empresas.
Não era só dinheiro dos contribuintes que sustentava o polo aquático.
Talvez porque a equipa profissional de futebol da terra seca tudo o que está à volta e não deixa nada para ninguem.
Giro é lisboa centralizar todo o poder (politico e economico) e depois os algarvios atirarem-se aos nortenhos. Por isso é que quem nos (des)governa faz o que lhe apetece: somos um povo muito inculto!
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