Portugal organiza Mundial Júnior de Pólo Aquático

A Federação Internacional de Natação (FINA) atribuiu esta madrugada em Xangai a organização do Campeonato do Mundo de juniores de 2007 de Pólo Aquático a Portugal. É a competição mais importante da modalidade que o país alguma vez organizou e em princípio irá realizar-se na cidade do Porto.

Paulo Ramos: “Organização inédita”
Paulo Ramos, vice-presidente da Federação Portuguesa de Natação para o Pólo Aquático, destacou o facto de ser “uma organização inédita para Federação e para o Pólo Aquático. É um marco que servirá para as pessoas olharem de outra forma para a modalidade e um factor de motivação e de estímulo para os clubes e os praticantes.” A organização de um Campeonato do Mundo no país mostra que “com trabalho e querer se pode fazer coisas positivas”. Para o responsável federativo, a competição pode ser um impulso para a evolução da modalidade no país, tanto mais que “não somos melhores nem piores que os outros países e uma competição mundial é um estímulo que se poderá traduzir em horas de treino.”

Lajos Lorincz: “Concretizar de um sonho antigo”
O Seleccionador Nacional, Lajos Lorincz, confessou que “ainda estou a digerir a notícia. É o concretizar de um sonho antigo de muito gente no Pólo Aquático e é difícil de acreditar que conseguimos.” Para a modalidade, “além da motivação suplementar de organizar um mundial, temos de atingir o topo de forma e um resultado que chame a atenção para o Pólo Aquático.” A realização da competição vai permitir a evolução da modalidade, até porque “a partir do momento em que existe o objectivo de participar num mundial com dignidade podemos evoluir. Basta um objectivo tão grande como este para mudar a nossa motivação diária”.

Pedro Brandão: “As melhores equipas do Mundo”
Pedro Brandão, Director Técnico Nacional da disciplina, considera que a organização do Campeonato do Mundo júnior “é a competição de pólo aquático mais importante que Portugal alguma vez organizou. É um evento onde vão estar as melhores equipas do mundo, o que vai proporcionar jogos espectaculares.”O responsável técnico acrescenta que “como país organizador a Selecção Nacional vai poder atingir um patamar de competição que de outro modo seria difícil lá chegar.” Para Pedro Brandão, a organização do Mundial só tem benefícios: “a nível da modalidade, os nossos praticantes podem ter referências ao vivo dos melhores jogadores do Mundo, o que é sempre estimulante e motivador. Vão ter contacto com execução de técnicas e movimentos diferentes, o que enriquece a experiência de quem vê. Uma organização sólida e eficaz permite uma divulgação do país e do que podemos fazer em termos de organização de grandes eventos desportivos.”