quarta-feira, agosto 08, 2007

Balanço do Open Paris

Sara Oliveira foi o grande destaque desta competição de final de época, com dois mínimos olímpicos e dois novos máximos nacionais absolutos. Os mínimos de acesso a Pequim 2008 vieram nos 100M e 200M, enquanto que os recordes nacionais caíram nos 50M e 200M.

Diana Gomes também conseguiu o apuramento para aqueles que serão os seus segundos Jogos Olímpicos. O apuramento foi conseguido na prova dos 200B, ficando na prova mais curta a cerca de 1segundo do mínimo exigido pelo COP/FPN, isto depois de uma semana antes ter ficado a apenas 3centésimos desse tempo com um novo recorde nacional absoluto.

Sara Madeira também esteve no seu melhor, apenas saiu ofuscada pelo domínio da Sara Oliveira. A única hipótese de ir a Pequim será fazer melhor que Sara Oliveira, ou irem as duas se nadarem abaixo dos mínimos A da FINA – 59.35 nos 100M e 2:10.84 nos 200M.

Boa participação de Pedro Oliveira, mas apenas nos 200M (recorde pessoal e 3º melhor performance portuguesa de sempre). As provas de costas não lhe correram de feição, provavelmente pela aposta em conseguir este mínimo para Pequim (200M), isto depois de estar 99% certo em Pequim para os 200C.

Tiago Venâncio também esteve discreto ao não obter nenhum máximo pessoal. De qualquer forma a sua presença em Pequim é certa, uma vez que não parece haver quem lhe faça frente nos 100L e 200L, e ainda tem a estafeta de 4x200L. Estranho foi não o ver nadar os 200L em Paris, de qualquer forma justifica-se pela tentativa de se aproximar dos máximos absolutos de Simão Morgado nos 50M e 100M.

Depois de no primeiro dia ter-se apresentado em bom nível nos 200L, Adriano Niz não conseguiu manter o patamar de performances que prometia. De qualquer forma fica o registo de qualidade na prova mais importante do seu calendário e que lhe poderá dar o passaporte olímpico (4x200L).

Fábio Pereira também esteve bem nos 200L, acrescentando-se ainda as boas performances nas provas dos 400L e 200M. Em todos os casos ficou à beira do seu melhor ou mesmo no melhor. O acesso aos Jogos Olímpicos também provavelmente chegará via 4x200L, embora se reconheça qualidade para evoluir nos 400L e 200M e sonhar com os mínimos.

Diogo Carvalho não se aproximou dos seus melhores tempos nas suas provas principais: 200E e 200M. Mesmo assim esta foi sem duvida a sua melhor época de sempre e a de afirmação ao nível absoluto. O mínimo olímpico obtido nos 200E em Espanha não o deixa 100% descansado, já que Carlos Almeida será séria ameaça no decorrer da próxima época. De qualquer forma deve ser o 4º elemento da estafeta dos 4x200L para Pequim.

Nuno Quintanilha e Luís Pinto, depois do Open de Espanha voltaram à selecção e esperava-se um pouco mais. Os recordes pessoais não caíram e ficaram assim com menos margem de manobra para a próxima época.

Rui Magalhães: “Três resultados de ponta”
O Seleccionador Nacional considerou que “tivemos em Paris três resultados de ponta, que corresponderam aos três mínimos olímpicos. Estes resultados eram expectáveis porque quer a Diana Gomes, nos 200 metros, quer a Sara Oliveira, nos 100 metros, já tinham nadado abaixo dos tempos de qualificação para Pequim.”
Rui Magalhães admite que “esperava que houvesse mais mínimos, dado que todos os nadadores vieram imbuídos desse espírito. Haveria mais duas ou três provas onde esperávamos que os atletas pudessem obter as marcas de acesso aos Jogos.”
O responsável técnico admite que o conjunto de resultados alcançados “poderia ter sido bem melhor, até porque se apontava o pico de forma para esta competição.” (Declarações in FPN On-Line)

- Resultados do Open de Paris
- Report BA: Dia2m / Dia2t / Dia3m / Dia3t / Dia4m / Dia4t
- Página oficial do Open de Paris
- Fotos FPN: Dia31 / Dia1 / Dia2_p1 / Dia2_p2 / Dia2_p3 / Dia3_p1 / Dia3_p2 / Dia4 / Dia5
- Report FPN: Dia2m / Dia2t / Dia3m / Dia3t / Dia4m / Dia4t / Dia5m /Dia5t

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Resumindo: quanto mais longe dos JO, melhores tempos. Quem pensa que está seguro, não se esforça na suas provas e tenta outras. Isto é, meias finais e finais nos JO, estão cada vez mais longe.

Não há fórmula para se ultrapassar isto. Há 2 anos, soube-se que o TV tinha potencial para a final olímpica. Hoje sabe-se que ele não trabalha para isso. Há pior: o Niz parece que só se esforça para poder ser considerado, justamente aliás, o nadador dos Nacionais.

Esperemos que na estafeta haja um critério para 'obrigar' os craques a treinarem e melhorarem.

quarta-feira, agosto 08, 2007 2:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Apontavam o pico de forma...".
Mas, o que é que esse indivíduo percebe de "picos de forma", ou está a par do que se passa com os atletas ????
Nada, nada, nada...
A não ser que ele NADE!!!

quarta-feira, agosto 08, 2007 10:52:00 da tarde  

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