quinta-feira, dezembro 23, 2010

Falta de dinheiro pode fazer parar atletas paralimpicos

Texto in Jornal O Jogo On-Line de 22-12-2010
A Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD) avisou esta quarta-feira que, caso não sejam saldadas até final do ano as verbas devidas ao abrigo do contrato-programa do Projeto Paralímpico, vai cancelar as participações em todas as competições internacionais.

A presidente da FPDD, Leila Marque, disse à agência Lusa que relativamente ao ano de 2009 "estão ainda em dívida 30 mil euros" e em relação a 2010 a dívida "ascende a 126.500 euros", de um orçamento anual de 416 mil euros.

A federação enviou esta quarta-feira uma carta aberta ao Instituto do Desporto de Portugal (IDP), às secretarias de Estado do Desporto e da Reabilitação e ao Comité Paralímpico de Portugal (CPP), a expor a situação.

A presidente da federação, antiga nadadora paralímpica, acredita que a falta de dinheiro "se deve ao facto de na altura da assinatura do contrato-programa para Londres'2012 não ter sido contemplado o número correcto de atletas", que actualmente se cifra nos 32.

Leila Marques garante já ter exposto a situação ao CPP, entidade responsável pela gestão do projecto paralímpico Londres'2012. "Eles [CPP] já conheciam as nossas dificuldades financeiras, sabemos que tem estado a negociar junto do IDP uma solução para este problema, mas o que é certo é que a federação não tem mais como protelar a tomada desta decisão", referiu.

Caso se confirme o cancelamento das actividades internacionais, estarão comprometidas as participações nos Jogos Mundiais da IBSA, Campeonato da Europa de Natação IPC, Taça do Mundo de Boccia, e dos cinco atletas de deficiência intelectual nos Global Games.

Além do cancelamento da participação em provas internacionais estarão também comprometidos os estágios internacionais. As competições nacionais não serão afectadas, porque são da responsabilidade dos clubes.

A FPDD, que tem a seu cargo as modalidades de boccia, atletismo e natação, deixou de gerir a preparação para os Jogos Paralímpicos em 2008, após a constituição do CPP. O valor global da verba disponibilizada ronda 1,96 milhões de euros, a quatro anos, o que representa um aumento 50 por cento em relação a Pequim'2008.

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7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nem vale a pena fazer muitos comentários, mas infelizmente é o país nque temos...
Se fosse para o futebol, o probelma já estava mais que resolvido!!
E é assim que se quer dinamizar o desporto e incentivar quem tem mais dificuldades...
Enfim...
Ana G.

quinta-feira, dezembro 23, 2010 10:14:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mas que grande entrevista. Grande Sara sim senhora. Só é pena que tendo nadadores que levam o desporto tão a sério continuemos a ter dirigentes que levam tudo com tanta leviandade

quinta-feira, dezembro 23, 2010 1:05:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Exmos. Senhores,

O CPP - Comité Paralímpico de Portugal é o responsável pelo financiamento à preparação dos atletas integrados pela FPDD - Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência com vista à participação nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.

Posto isto, e na qualidade de atleta pertencente a esse Projecto de Preparação Paralímpica, questiono porque, mais uma vez, são os atletas a sofrerem as consequências deste corte, visto que o CPP deveria ter como principal objectivo o apoio aos integrantes do Projecto.

Igualmente, gostaria, ainda, de saber o que o CPP tem feito para minimizar este corte.

Aguardo com alguma ansiedade a vossa resposta.

Cumprimentos,

Ass.: Emanuel Gonçalves

segunda-feira, dezembro 27, 2010 6:28:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

é uma desgraça o nosso país....

sexta-feira, dezembro 31, 2010 11:46:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se há cortes para todos porque não haveria de haver para estes cidadãos? não tem de haver discriminação entre os cidadãos sem deficiencia e os com deficiencia. Aliás é isto mesmo que as associações de deficientes querem: que não haja descriminação . Ou será que a pretensão das associações de deficientes de não haver descriminação entre cidadãos deficientes e não deficientes é uma forma encapotada de se exigir que os deficientes tenham direitos que não são dados aos não deficientes, assim como que um castigo aos não deficientes por não terem nenhuma deficiencia?

Por vezes as máscaras caem...

domingo, janeiro 02, 2011 9:40:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

ó anónimo das 9:40: até parece que há igualdade nos apoios ao desporto adapatado e ao dito "normal"!
Que haja cortes, tudo bem, vai haver em todos, mas não venha falar de discriminação, porque estes são logo discriminados à partida, não tendo o mesmo apoio que os outros atletas.
Na natação há treinador, seleccionador, acompanhantes, é uma comitiva e pêras! os atletas do desporto adaptado têm outras necessidades (e não só financeiras) que a maior parte das vezes não são financiadas.
Vá ver quem acomopanhou a Carla Ferreira à Polónia e depois diga alguma coisa!

segunda-feira, janeiro 03, 2011 3:26:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo das 3:26
continuo a dizer que deve haver cortes por igual e não discriminar os atletas, como que um castigo por não terem deficiencia, em relação aos deficientes.
Aliás, ainda nos ultimos campeonatos de clubes um nadador com deficiencia mostrou que é possível bater-se, e vencer, os melhores nadadores portugueses "normais". Que os praticantes deficientes treinem e cheguem a esse patamar e deixem de se queixar, quais Calimeros, e passem a bater-se e vencer os nadadores sem deficiencia. Aliás o exemplo deste brasileiro já nem é caso único uma vez que até aos Jogos Olímpicos já conseguiu chegar uma nadadora deficiente que em bvez de se queixar , treinou, dedicou-se à modalidade e chegou onde muitos ( a maioria ) não conseguiu nunca chegar.
Nem quero saber quem acompanhou essa Carla porque se ela na verdade fosse boa nadadora teria ido era ao Dubai.

quarta-feira, janeiro 05, 2011 1:55:00 da tarde  

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