Ana Rodrigues com a selecção sénior na Holanda

Texto de José Carlos Moura in Jornal A Bola de 23/11/2010
Ana Rodrigues estreia-se numa selecção sénior. Diz que a convocatória é etapa importante do seu crescimento como atleta. Não antecipa cenários em relação a eventuais medalhas.

Ana Rodrigues viaja hoje para Eindhoven (Holanda), onde vão decorrer, entre quinta-feira e domingo, os Campeonatos da Europa em piscina curta. É a primeira vez que esta recordista nacional de infantis, juvenis e juniores, com 16 anos, representa Portugal como sénior. É uma espécie de mergulho na idade adulta. A chamada, naturalmente, não a deixou indiferente.

«Foi muito importante ter sido convocada para estes campeonatos. Vou competir com os melhores nadadores da Europa e isso, claro, tem grande significado para mim, até por ser a primeira vez», destaca a nadadora da Associação Estamos Juntos, de S. João da Madeira, que hoje vai ter de madrugar para não perder o avião. Mas isso é o que menos custa, até porque está habituada a sair cedo da cama (por volta das seis horas) quando treina de manhã, o que sucede entre duas e três vezes por semana. E como quem corre por gosto não cansa...

BRONZEADA EM SINGAPURA
De sucessos tem sido feita a carreira de Ana Rodrigues, que começou a praticar natação ainda não tinha três anos, por recomendação da pediatra. Em Julho passado, nos Europeus de juniores que se realizaram em Helsínquia (Finlândia), falhou a medalha de bronze por escassos dois milésimos (!) de segundo em 50 metros bruços. Foi uma das atletas que mais brilharam entre a representação portuguesa.

Para recordar foi também a participação nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura, em Agosto, ao conquistar o 3.º lugar (e a consequente medalha de bronze) que lhe fugira nos Europeus da Finlândia.

Habituada às luzes da ribalta, Ana Rodrigues tem legitimidade para pensar alto nestes Europeus em piscina curta. É natural que pense em ganhar algo de cintilante. «Ganhar vai ser cada vez mais difícil. Encaro esta participação como um factor de crescimento como atleta. Medalhas? É natural que pensemos nisso mas não antecipo cenários. Quero é estar em condições para dar o máximo de mim e se isso chegar para uma medalha... óptimo!», comenta a brucista que, no Europeu, irá competir em 50 e 100 metros.

Vai estar em solo holandês pela primeira vez e isso também contribui para a satisfação com que recebeu a convocatória. Apesar dos treinos e das competições há-de arranjar um tempinho para conhecer Eindhoven, considerada uma das cidades mais limpas da Holanda.

NOTA BA: Entrevista completa em breve.