quinta-feira, março 31, 2011

Lavrentyev contra a corrente

Reportagem de Miguel Candeias In Jornal A Bola de 08-02-2011 Olímpico diz que os 15 km em águas abertas que disputou na Argentina terão sido a prova mais dura que já fez. Até pior que os 25 km que nadou no Mundial. Algesino terminou em 11.º

Se a intenção, na Argentina, era testar o momento de forma neste arranque de temporada que o tem deixado tão animado e cujo trabalho visa o Mundial de Xangai, em Julho - primeira das duas oportunidades de que dispõe para a qualificação dos Jogos Olímpicos de Londres-12 - então Arseniy Lavrentyev viveu, no passado fim-de-semana, a competição ideal. «A prova foi muito dura. Das mais difíceis que já participei», desabafou o olímpico do Algés e Dafundo, após ter completado, em 11.º lugar (2.38,35 horas), os desgastantes 15 km do Grand Prix de águas abertas La Patagones-Viedma, na região da Patagónia.

As complicações começaram logo com a notícia de que, afinal, seriam mais do que os 12 km anunciados. «Disseram-nos apenas dois dias antes. Tinham ido ver as regras da FINA e descobriram que para ser um grande prémio teriam de ser pelo menos 15 km», contou o luso-ucraniano.

«Nadavam no mesmo sítio»
Porém, na altura mal sabia que não seriam meros três quilómetros acrescidos o maior desafio a que seria colocado. «A temperatura da água até estava boa, 22/23º C, o que é óptimo para mim, o grande problema foi a corrente. Era mesmo muito forte. Na primeira volta a água estava quase parada, mas, depois, em cada volta que fazíamos foi ficando mais forte. Então quando chegámos à quinta… a força da corrente era enorme. Quando saí, fiquei a ver os restantes adversários que lá vinham e era incrível: por mais braçadas que dessem não saíam do lugar». Esta foi, aliás, a principal razão pela qual, dos 54 participantes à partida, 23 dos quais masculinos, 11 (cinco deles homens) abandonaram.


«Em cada volta só fazíamos um quilómetro contra a corrente, os restantes eram sempre em esforça. Durante praticamente três voltas e meia mantive-me com o grupo da frente, mas, depois, senti-me um bocado mole, o corpo não reagia. Terei pago o esforço feito quando o ritmo aumentou bastante na segunda volta e lutei para me manter no grupo. O que vale é que na quinta recuperei e ainda ultrapassei dois italianos, um deles tinha sido 4.º no Europeu. Mas houve muitos atletas importantes, como o alemão Bauer, que desistiram por causada corrente. Penso que esta terá sido uma das competições mais difíceis que fiz. Até mesmo que os 25 km no Mundial. Aí tinha apenas de lutar contra homens… aqui o grande adversário era a corrente. Comprado com isto os 25 km são fáceis», responde Arseniy Lavrentyev rindo-se.

«E o pior eram as viragens nas bóias. Perdia-se muita energia para o conseguir porque a corrente, o vento e as ondas não deixavam. Não estava habituado a este problema. Agora já aprendi como se faz.»

«Queria melhor classificação»
Quanto ao resultado final, onde ficou a quase cinco minutos do vencedor, o russo Evgeny Drattsev (2.33,07), o algesino tirou algumas ilações. «Fiz uma boa prova, apenas quebrei um pouco, mas depois consegui recuperar. Claro que queria ter uma melhor classificação, até porque estou na minha melhor condição física, mas como se tratava da primeira competição do ano foi um bom teste. Fui 11.º, mas estava aqui praticamente o top-10 mundial em águas abertas. Dei tudo para ter sido mais rápido, mas não consegui. Terei de continuar a trabalhar mais», concluiu Arseniy Lavrentyev, que voltará à acção em Abril, na Taça do Mundo de 10 km de Santos, no Brasil.

- Report BA da prova dos 15 km do Grand Prix FINA - La Patagones-Viedma

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Falsa partida. Imagem deste assunto.

quinta-feira, março 31, 2011 4:55:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ARSENIYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY!

THE KING!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, abril 01, 2011 4:34:00 da tarde  

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