Texto de Joaquim Sousa in O Norte Desportivo
A Federação Portuguesa de Natação assumiu na plenitude a organização dos Campeonatos Nacionais de juvenis e Absolutos, deixando de fora a Associação de Lisboa. A «guerra» continua…
A Associação de Natação de Lisboa (ANL) foi colocada fora da organização dos Campeonatos Nacionais de juvenis e Absolutos, que estão a decorrer no Jamor. A Federação Portuguesa de Natação (FPN), enquanto «dona» da prova, assumiu na plenitude a responsabilidade da mesma, “face ao embaraçoso «histórico» de organizações da ANL”, como explica, a O NORTE DESPORTIVO, Paulo Frischknecht.

Carlos Fernandes, presidente da ANL, está indignado e considera, ao ND, que “é o culminar de muitas posições de perseguições constantes à Associação de Lisboa”. O líder lisboeta afirma que “a organização é da Federação, mas a candidatura foi da ANL”, à qual caberia, “a responsabilidade da logística da prova”.
“A ANL solicitou à FPN, através do seu Departamento Técnico, o que seria necessário para a realização da prova e foi confrontada com uma resposta que a marginalizava à organização da prova – a FPN já mantinha reuniões periódicas com a Direcção do Instituto de Desporto de Portugal (IDP) –, deixando de ser co-organizadora”, esclarece Carlos Fernandes.
Frischknecht responde: “À ANL estão cometidas outras organizações, como sejam os respectivos Campeonatos Regionais, cujo exemplo recorrente fala por si. As sucessivas declarações, circulares e comunicados, por parte da Direcção da ANL, não deixam margem para equacionar qualquer colaboração num evento da exclusiva responsabilidade da FPN, sob pena de hipotecar a qualidade das condições oferecidas aos participantes”.
Maria João visitou Jamor
Cabe à entidade candidata à co-organização da competição, neste caso à Associação de Lisboa, a responsabilidade da logística e plano de água. Ora, segundo Carlos Fernandes, “a FPN agiu à revelia com a visita de Maria João Filipe [Departamento Técnico da FPN] ao plano de água do Complexo do Jamor” – sob alçada do IDP –, suportado por um protocolo de cedência gratuita da estrutura para competições durante duas vezes por ano.
O líder federativo considera que “o relacionamento institucional da FPN com a tutela, através do IDP, só à FPN diz respeito”. “A ANL não verificou nenhuma das exigências do Caderno de Encargos da candidatura, não acautelou das condições exigíveis, não informou a FPN de qualquer eventual anomalia técnica na Instalação e apenas resolveu contactar a FPN uma semana antes dos Campeonatos para saber se era necessário fazer qualquer coisa”, acrescenta Frischknecht.
O presidente da ANL afirma que se trata de “mais uma manobra de diversão” e acusa o presidente da FPN de se “esconder atrás de uma secretária, gerindo as coisas a seu belo prazer”.
Frischknecht não ficou «atrás»: “O meu percurso pessoal, desportivo, profissional e académico, como o respectivo «curriculum vitae», falam por si. Desconheço o do senhor Presidente da ANL mas, com toda a certeza, por isso mesmo, esconderá melhor aquilo que está à vista de todos: as suas motivações, interesses e, propósitos, junto da FPN”.
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Ver ainda Reclamação da ANL em relação a Laurentino Dias